domingo, 12 de setembro de 2010
Quando o ciúme é obsessivo ...
Essa paranoia geralmente aparece quando a pessoa sente que um rival (real ou imaginário) passa a receber as atenções da pessoa amada. E aí, qualquer motivo simples pode ser o estopim para um descontrole. “O ciúme está relacionado com fantasias negativas, o que pode gerar certo nível de paranoia”, explica o psicólogo e especialista em sexualidade humana Paulo Bonança.
É doença?
O histórico de cada um e os anseios pessoais são excelentes mapas para diagnosticar a origem do ciúme patológico. “Pode ser que ele surja devido à insegurança, baixa autoestima, imaturidade emocional ou outros aspectos emocionais relacionados à história afetiva de um ou ambos os sujeitos da relação” , explica Paulo Bonança. “Depois, pode surgir pelo medo do abandono, da solidão, da sensação de perda emocional, de controle, da forma como o casal construiu seu espaço de intimidade e diálogo e, sobretudo, a forma como o casal enfrenta suas dificuldades”, completa.
Quem é o alvo desses destemperos emocionais também sofre com os ataques.
O antídoto
O processo de melhora não é fácil e geralmente precisa de acompanhamento profissional. A auto-avaliação emocional é super importante, mas nem sempre há coragem de fazê-la. “Pode se instalar o desejo de mudar para não perder a pessoa amada e, por outro lado, pode se instalar o medo de analisar, de se olhar, de deixar a superficialidade da “flor da pele” e buscar afetos, sentimentos e emoções mais profundos, de trabalhar as causas e não somente os efeitos”, explica o psicólogo.
"Meu Senhor, livrai-me do ciúme! É um monstro de olhos verdes, que escarnece do próprio pasto que o alimenta. Quão felizardo é o enganado que, cônscio de o ser, não ama a sua infiel! Mas que torturas infernais padece o homem que, amando, duvida, e, suspeitando, adora." (William Shakespeare)
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