domingo, 13 de dezembro de 2009

Felicidade feminina ?

Em uma das minhas viagens pelo mundo do Orkut, estive visualizando uma comunidade chamada "Homem, quem os entende ?". Lá um cidadão postou um Texto de Ivan Martins da revista ÈPOCA muito interessante que ajuda a responder ao questionamento que entitula a comuna.

Vocês concordam com isso? Com essa visão de Ivan Martins?

Diz Ivan, na reportagem:
Michel Houellebecq é um escritor francês de péssima reputação entre as mulheres. Escreveu Partículas Elementares, livro em que lança mão de uma ciência duvidosa (a sociobiologia) para defender uma tese controversa: a de que a revolução sexual liquidou as chances de felicidade feminina.

O livro sugere que as mulheres se tornaram objetos de prazer descartáveis, que perderam o amparo que as estruturas tradicionais costumavam oferecer.
Envelhecem, perdem o atrativo e a função reprodutiva e vivem à mercê dos filhos, cada vez menos respeitosos. É pessimista a não poder mais. Desde a primeira vez em que tive contato com as idéias de Houllebecq elas me deixaram um gosto esquisito na boca. Por me considerar um cara profundamente feminista, briguei silenciosamente com elas. Mas, por ser, como o autor, um tanto pessimista, não consegui me livrar inteiramente da impressão de que as mulheres, de alguma forma, estão sendo enganadas pela história: no momento da sua maior conquista, no momento da liberdade e da igualdade de direitos, muitas se descobrem de mãos e vidas vazias. Na semana passada aconteceram duas coisas que reforçaram meu pessimismo.

Primeiro, publicamos aqui na ÉPOCA uma reportagem perturbadora sobre infelicidade feminina. Desde 1972, ano após ano, um percentual cada vez maior de mulheres se diz infeliz com a própria vida, enquanto um número cada vez maior de homens se diz feliz com a deles. Quando a pesquisa começou, logo depois da revolução social e sexual dos anos 60, as mulheres eram muito mais felizes e esperançosas do que os homens. Agora a situação se inverteu. Pior: as mulheres ficam cada vez mais tristes à medida que envelhecem, enquanto os homens ficam mais satisfeitos. Outra coisa que me deixou pessimista foi a conversa com uma amiga querida que já passou dos 40, tem filhos pequenos, nenhum marido e acabou de romper um namoro importante. Ela está desolada, tomada pela sensação de que as dores de amor são cada vez maiores, o tempo de recuperação é cada vez mais longo e a paixão, que viria a enterrar a dor passada, é cada vez mais rara. Os filhos dão trabalho, a vida é dura e ela já não se sente atraente como costumava ser.

Eu tentei animá-la o quanto pude, mas saí da conversa mais pesado do que entrei. Pensei no livro de Houllebecq.
Hesito em escrever o que planejei escrever agora. Faltam palavras e a convicção profunda. O sentido do que eu quero dizer me parece francamente conservador, ainda assim talvez seja a coisa certa a ser dita. Talvez. Considerando, então, que as dúvidas podem ser melhores que as certezas, avancemos. Pode ser que a revolução dos costumes tenha traído as mulheres, como sugere Houllebecq. Digo isso e me lembro, imediatamente, de mulheres bem-sucedidas e livres que eu conheço. Elas tocaram sua vida sem se lixar para preconceitos e para a tutela dos homens. Criaram seus filhos de forma não convencional. Tiveram maridos, mas nunca foram prisioneiras de casamentos. São filhas dos anos 60. Agora estão chegando aos 50 ou 60 no controle das próprias vidas. Têm dinheiro, prestígio social e familiar e – não menos importante – estão acompanhadas. São felizes, me parece. Mas talvez sejam exceções: personalidades exuberantes, talentos privilegiados que teriam dado certo em qualquer época e qualquer ambiente. A maioria das mulheres acima de 40 que eu conheço não é assim. A maioria é gente normal, que viveu as liberdades herdadas dos anos 60 e 70 como teria vivido o conservadorismo anterior, com naturalidade. Não eram revolucionárias. Elas acreditaram na ideia da época de que poderiam ser sexualmente livres, economicamente independentes e que tinham pleno direito à felicidade. E não foi bem assim que aconteceu. O sexo escasseia quando se deixa de ser jovem e bonita. A independência econômica ainda é uma miragem para homens e mulheres.

E a felicidade, agora se sabe, não é sinônimo de liberdade e igualdade. Talvez seja o contrário, o que seria muito humano.
Parte dos problemas femininos se deve ao comportamento dos homens. Antigamente, eles ficavam no casamento, ainda que não ficassem necessariamente em casa. Manter os filhos era obrigação primordial do pai. Agora os homens vão embora e frequentemente deixam às mulheres a tarefa de criar os filhos. E está tudo bem. Não dão dinheiro suficiente e nem atenção suficiente. E está tudo bem. Na cultura de “vamos ser felizes”, herdada dos anos 60, que se espalhou por todas as classes sociais, a obrigação essencial de cada um é com a própria felicidade. A noção de dever e de obrigação vai se esgarçando até não significar coisa nenhuma. Lealdade (sobretudo sexual e afetiva) é uma palavra anacrônica. Vem junto com “traição” na lista daquelas que se usa entre parênteses. IVAN MARTINS - Revista Època







Acima um video com parte do filme "Striptease" com Demi Moore, extraí o diálogo final que nos deixa uma boa mensagem.


Man: I´m getting merriage this weekend ... to Melissa

Stripper: You love Melissa ?

Man: Ohh!! Very Much!!

Stripper: So ... Go home to her.


O fato é que atualmente a nossa "sociedade moderna", tão "livre" após a revolução sexual, machismo e feminsmo cultivou comportamentos e linhas de pensamento diversos gerando uma verdadeira guerra entre os sexos o que na verdade não levará a lugar algum. A modernidade nos relacionamentos destroi a cada dia a possibilidade da felicidade feminina, pois a única tendência é realmente tornarem as mulheres cada vez mais descartáveis e infelizes, tornando-as vítimas do seu próprio comportamento e levando-as a colher o fruto da semente que elas mesmas plantaram. Sou a favor de uma sociedade mais justa com as mulheres e enxergo como único caminho a união dos sexos, restauração dos valores e principios humanos e sobretudo buscarmos equalizar as necessidades e expectativas de ambos em relacionamentos mais estáveis, saudáveis, num meio termo entre o tradicional e o moderno ...

As mulheres hoje colhem o que plantaram e a primeira vista aparentemente não estão dispostas a mudanças e a saber valorizar os homens, já os próprios homens sentem-se satisfeitos e felizes com o resultado ... haverá mudanças por parte dos homens ? Só depende do comportamento das mulheres e do esforço delas em mudar a sociedade como fizeram quando iniciaram o movimento feminista.

Reflitamos sobre o assunto!!! :D

Fica uma mensagem para os homens (de caráter duvidoso) de plantão ... RESPEITEM para serem RESPEITADOS e não perderem o que há de mais valioso que é o amor e a confiança de uma mulher ... com respeito mútuo quem sabe aos poucos a realidade possa mudar.


Vamos construir uma nova sociedade.


Sérgio Aguiar