domingo, 31 de janeiro de 2021

Seus credores

 


"Sim, o Homem convida as suas próprias calamidades e depois protesta contra os hóspedes importunos, por se haver esquecido quando e como escreveu e enviou os convites. O Tempo, no entanto, jamais esquece; e o Tempo, a tempo e horas, entrega o convite no endereço certo; e o Tempo conduz cada convidado, à casa do anfitrião.

E em verdade vos digo, jamais protesteis contra um hóspede, para que ele não se vingue, demorando-se muito tempo ou tornando as suas visitas mais frequentes do que seria normal. 

Sede bondosos e hospitaleiros para com todos os vossos hóspedes, seja qual for o seu procedimento ou seu comportamento; pois, na realidade são somente vossos credores. Dai , aos mais importunos, ainda mais do que deveis, para que se vão satisfeitos e para que, se voltarem a visitar-vos, o façam como amigos e não como credores.

Tratai cada hóspede como hóspede de honra, a fim de que, captando-lhes a confiança, possais descobrir os motivos ocultos de sua visita."

(Mikhail Naimy - O Livro de Mirdad)


Saudações: Manifesto Visionário

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Invasores Energéticos

 


INVASORES DE ENERGÉTICOS 

 Visualize mentalmente um círculo ao seu redor. Este é seu círculo protetor, um espaço sagrado no qual você inspira e expira sua própria energia. Dentro dele, você, seu corpo e seu poder pessoal estão protegidos. Somente quem VOCÊ PERMITE pode adentrar. Não deixe ninguém invadir este espaço. Ninguém. Onde quer que você esteja e com quem quer que você esteja, tenha consciência disto. Quando temos o nosso espaço invadido, nos sentimos cansados e desanimados. Os chamados "invasores energéticos", são verdadeiros sugadores energéticos. O mais comum é aquela típica pessoa que não para de reclamar sobre tudo o que acontece. Não importa se as coisas estão indo bem ou mal, ela sempre encontra razões para se queixar e se fazer de vítima 

 Há também o cobrador, aquela pessoa que já chega cobrando, antes mesmo de te cumprimentar: “Poxa, você nem me telefonou!”... E, se você permite isso, acaba rapidinho entrando na condição de devedor. Isso já é o suficiente para sentir fraqueza e perda de energia... 

 E como definir limites e se proteger dessas influências? Reagindo! Falando a verdade, ainda que seja deselegante. 

 Não se deixe constranger. Outro tipo de invasão energética é aquela pessoa que sempre tem uma coisa para criticar. Essa pessoa critica tudo e você ainda tenta se justificar, permitindo que ela seja seu juiz. Isso reflete a sua dificuldade de se impor - o que mais uma vez, rouba a sua energia. Há também aquelas pessoas que querem que você faça tudo por elas. Nesse caso, você assume a responsabilidade de terceiros e seus centros de força passam a trabalhar para os outros. Daí, o outro fica aliviado, e você sobrecarregado.

 Essa mania de não saber estabelecer limites, acaba nos deixando cansados. Proteja-se. Não deixa o mal dos outros te poluir. O segredo é não absorver olhares maldosos, indiretas desnecessárias e fofocas. A receita é ignorar aquilo que vem do outro com o intuito de te abalar ou ferir .  

(Joyce Xavier)


segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Vampirismo energético e fluídico


O texto é longo, postando à pedidos. 
Boa leitura. 

A simbiose prejudicial é conhecida como parasitose mental. Esse processo é tão antigo como o próprio homem. Após a morte, os espíritos continuam a disputar afeição e riquezas com os que permanecem na carne ou arruam empreitadas de vingança e violência contra eles. Na parasitose mental temos o vampirismo. Por esse processo, os desencarnados sugam a vitalidade dos encarnados, podendo determinar nos hospedeiros doenças das mais variadas e até mesmo a morte prematura. Para o mundo espiritual, "vampiro é toda entidade ociosa que se vale indebitamente das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens".

O médico desencarnado Dias da Cruz lembra que "toda forma de vampirismo está vinculada à mente deficitária, ociosa ou inerte que se rende às sugestões inferiores que a exploram sem defensiva". E explica a técnica utilizada pelos espíritos vampirizadores, situando-a nos processos de hipnose. Por ação do hipnotizador, o fluido magnético derrama-se no campo mental do paciente voluntário, que lhe obedece o comando. Uma vez neutralizada a vontade do sujeito, as células nervosas estarão subjugadas à invasão dessa força. Os desencarnados de condição inferior, consciente ou inconscientemente, utilizam esse processo na cultura do vampirismo.

SUGANDO AS ENERGIAS

Justapõem-se à aura das criaturas que lhes oferecem passividade, sugando-lhes as energias, tomam conta de suas zonas motoras e sensoriais, inclusive os centros cerebrais (linguagem e sensibilidade, memória e percepção), dominando-as à maneira do artista que controla as teclas de um piano. Criam, assim, doenças fantasmas de todos os tipos, mas causam também degeneração dos tecidos orgânicos, estabelecendo a instalação de doenças reais que persistem até a morte. Entre essas doenças, Dias da Cruz afirma que "podemos encontrar desde a neurastenia até a loucura complexa e do distúrbio gástrico à raríssima afemia estudada por Broca".

Relaciona ainda outras moléstias: “pelo ímã do pensamento doentio e descontrolado, o homem provoca sobre si a contaminação fluídica de entidades em desequilíbrio, capazes de conduzi-lo à escabiose e à ulceração, à dipsomania e à loucura, à cirrose e aos tumores benignos ou malignos de variada procedência, tanto quanto aos vícios que corroem a vida moral. Através do próprio pensamento desgovernado, pode fabricar para si mesmo as mais graves eclosões de alienação mental, como são as psicoses de angústia e ódio, vaidade e orgulho, usura e delinqüência, desânimo e egocentrismo, impondo ao veículo orgânico processos patogênicos indefiníveis, que lhe favorecem a derrocada ou a morte”.

Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz se refere a um caso interessante de um homem desencarnado e uma mulher encarnada que vivem em regime de escravidão mútua, nutrindo-se da emanação um do outro. Ela busca ajuda na sessão do trabalho desobsessivo realizado por um centro espírita e, com o concurso de entidades abnegadas, consegue o afastamento momentâneo do espírito obsessor. Bastou, porém, que o espírito fosse retirado para que ela o fosse procurar, reclamando sua presença. Há muitos casos em que o encarnado julga querer o reajustamento, porém, no íntimo, alimenta-se dos fluidos doentios do companheiro desencarnado e se apega a ele instintivamente.

Em Obreiros da Vida Eterna, André Luiz descreve cenas de vampirismo em uma enfermaria de hospital. "Entidades inferiores, retidas pelos próprios enfermos, em grande viciação da mente, postavam-se em leitos diversos, inflingindo-lhes padecimentos atrozes, sugando-lhes vampirescamente preciosas forças, bem como atormentando-os e perseguindo-os", afirma. E confessa que os quadros lhe traziam grande mal-estar. 

VAMPIRISMO COM REPERCUSSÕES ORGÂNICAS

Na possessão, temos um grau mais avançado de atuação do espírito obsessor, constrangendo de forma quase absoluta a ação do obsediado. Kardec a compreendeu como "uma substituição, posto que parcial, de um espírito errante a um encarnado". Como se trata de um grau mais avançado de vampirismo, as patologias orgânicas estão sempre presentes.

Dentro desse item de vampirismo com repercussões orgânicas, destacamos os casos de epilepsia e obsessão, como por exemplo no livro Nos Domínios da Mediunidade, caso Pedro. Analisando essa casuística, constatamos que a possessão tem características e mecanismos diversos. No caso Pedro-Camilo, instalou-se ao longo de 20 anos sob a atuação de um único obsessor. Durante esse período, o quimismo espiritual ou a fisiologia do perispírito se desequilibrou e, conseqüentemente, desencadeou distúrbios orgânicos, entre os quais a ameaça de amolecimento cerebral.

No caso Margarida, estabeleceu-se mais efetivamente em dez dias, com organização técnica competente e atuação de uma falange composta de, aproximadamente, 60 obsessores, entre os quais dois hipnotizadores e dezenas de parasitas ovóides, decretando a falência orgânica quase total em virtude do controle do sistema endócrino, da pressão sangüínea e de funções importantes da economia orgânica.

INFECÇÕES FLUÍDICAS

Da mesma maneira como existem infecções orgânicas, acontecem também as fluídicas, resultantes do desequilíbrio mental.

O instrutor Aniceto, em conversa com André Luiz, argumenta que "se temos a nuvem de bactérias produzidas pelo corpo doente, temos a nuvem de larvas mentais produzidas pela mente enferma, em identidade de circunstâncias. Desse modo, na esfera das criaturas desprevenidas de recursos espirituais, tanto adoecem corpos como almas".

Os homens não têm preparo quase nenhum para a vida espiritual. Em geral, não têm á mínima idéia de que "a cólera, a intemperança, os desvarios do sexo e as viciações de vários matizes formam criações inferiores que afetam profundamente a vida íntima".

E cada uma dessas viciações da personalidade produz as larvas mentais que lhe são conseqüentes, contaminando o meio ambiente onde quer que o responsável pela sua produção circule ou estagie. Elas não têm forma esférica, nem são do tipo bastonete, como as bactérias biológicas, mas formam colônias densas e terríveis. E tal qual acontece no plano físico, o contágio também pode se verificar na esfera psíquica.

Na condição de parasitismo mental, as larvas servem de alimento habitual, porque são portadoras de vigoroso magnetismo animal.

Para nutrir-se desse alimento, bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros de ignorância ainda encarnados como erva daninha aos galhos das árvores e sugar-lhes a substância vital.

SUBSTÂNCIAS PARA DOMINAR O PENSAMENTO

Dentro do estudo a que nos propomos, temos de considerar também a produção dos espíritos inferiores desencarnados. As ´substâncias" destrutivas produzidas dentro do quimismo que lhes é próprio atingem os pontos vulneráveis de suas vítimas. Esses produtos, conhecidos como simpatinas e aglutininas mentais, têm a propriedade de modificar a essência do pensamento dos encarnados, que vertem contínuos dos fulcros energéticos dó tálamo, no diencéfalo. Esse ajuste entre desencarnados e encarnados é feito automaticamente, em absoluto primitivismo nas linhas da natureza. Os obsessores tomam conta dos neurônios do hipotálamo, "acentuando a dominação sobre o feixe amielínico que o liga ao córtex frontal, controlando as estações sensíveis do centro coronário que aí se fixam para o governo das excitações e produzindo nas suas vítimas, quando contrariados em seus desígnios, inibições de funções viscerais diversas, mediante influência mecânica sobre o simpático e o parassimpático".

Temos aí um intrincado processo de vampirismo, que leva as vítimas ao medo, à guerra nervosa, alterando-lhes a mente e o corpo. É possível compreender, assim, os casos de possessos relatados nos Evangelhos, que se curaram de doenças físicas quando os espíritos inferiores que os subjugavam foram retirados pela ação curadora de nosso mestre Jesus ou dos apóstolos.

Por enquanto, os médicos estão às voltas com a extensa variedade de microorganismos patogênicos que devem combater diuturnamente. Mas, no futuro, "a medicina da alma absorverá a medicina do corpo. Poderemos, na atualidade da Terra, fornecer tratamento ao organismo de carne. Semelhante tarefa dignifica a missão do consolo, da instrução e do alivio, mas no que concerne à cura real, somos forçados a reconhecer que esta pertence exclusivamente ao homem-espírito".

Marlene Rossi Severino Nobre
Associação Médico-Espírita do Brasil.

(Extraído da Revista Cristã de Espiritismo nº 12, páginas 30-32)