terça-feira, 11 de outubro de 2011

O Caos e a lei da entropia



"Quando deixarei de me maravilhar para começar a conhecer?"

Galileu Galilei (1564-1642)

Caos (do grego Kaos: grande vazio ou grande plenitude) significa desorganização. A Lei de Entropia (a Segunda Lei da Termodinâmica), que diz que um sistema caótico, se deixado ao acaso, tende a aumentar o seu caos, impõe que deva existir um fator subjacente que explique esse problema de medição, tornando praticamente impossível jogar ao acaso a formação de nosso Universo. Em outras palavras, um sistema de baixa entropia (organizado) tenderá sempre a aumentar sua entropia, desorganizar-se caoticamente buscando um "equilíbrio", no significado físico desse termo. Num sistema fechado a entropia nunca diminui. Então algo deveria ordenar o caos do princípio, afinal os processos vitais estão continuamente desafiando essa Lei.

Allan Sandage, astrônomo respeitado mundialmente, chegou ao desespero por não conseguir responder, só com a razão, a questão do "por que existir algo em vez de nada?" Como explicar, sob o ponto de vista dessa imprevisibilidade, a ordenação perfeita do Universo? Fred Hoyle afirma: "Uma explosão num depósito de ferro-velho não faz com que pedaços de metal se juntem numa máquina útil e funcional". E Sarfatti diz: "...Na minha opinião, o princípio quântico envolve a mente de uma maneira essencial... a mente cria matéria". Mas que Mente existiria à época do Big-Bang?

Frank Tipler apresenta uma versão radical de um princípio chamado de Princípio Antrópico (criada pelo renomado físico e cientista Brandon Carter em 1973) que é a mais surpreendente teoria dos últimos tempos: o modo como o caos gera ordem e como todo o cosmo conspira a favor da vida, revelam atributos divinos como consciência e intenção. Esse princípio postula que o Universo foi criado, da maneira como o percebemos, para ser observado por criaturas inteligentes, nós mesmos, e que é essa Consciência que seleciona uma realidade concreta dentre todas as probabilidades quânticas. Essa visão é compartilhada pelos ingleses John Polkinghorne, do Departamento de Física de Cambridge, e Paul Davies, cientista, físico e matemático, autor de "A mente de Deus" (Ediouro –1992).

O famoso físico inglês Stephen Hawking, ocupante da cadeira que foi de Isaac Newton e de Paul Dirac na prestigiada Universidade de Cambridge (um dos principais teóricos dos buracos negros) em sua obra "Uma Breve História do Tempo" reconheceu que a teoria do Big-Bang (a grande explosão que deu origem ao Universo, ordenando-o e não causando desordem, como toda explosão faz devido a Lei da entropia) exige um Ser Criador. Hawking admitiu ainda que o Universo é feito como uma mensagem enviada para o homem: "Se chegarmos a uma teoria completa, com o tempo ela deveria ser compreensível para todos e não só para um pequeno grupo de cientistas. Então todos poderiam tomar parte na discussão sobre porque nós e o Universo existimos... Nesse momento, conheceríamos a mente de Deus".

Murray Gell-Mann postula que de fato as subpartículas são comandadas por uma ação externa capaz de dotá-la de predicados "personalísticos" como a tal "vontade própria" sugerida por Heisenberg e, mais ainda, essa ação externa não permite que os pesquisadores ajam sobre as partículas, utilizando-as à sua vontade. Daí surgiu a hipótese de que elas (as partículas) teriam por trás de sua existência uma outra forma de vida distinta da biológica e que obedeceriam a um comando (espiritual) externo estruturador, o mesmo comando que a teria formado atuando sobre a energia cósmica em expansão.

Essa novíssima física, ainda sem nome, mas conhecida como física transcendental, defende a idéia da existência de "Agentes Estruturadores", operadores responsáveis pela elaboração das formas universais e pela condensação da energia em partículas. Considerando-se que a energia cósmica em expansão, por si só, não pode se alterar, essa nova corrente de físicos teorizou a existência desses agentes, capazes de atuar sobre a mesma, modulando-a e dando-lhe as respectivas formas. Dessa maneira, admite-se que tudo o que exista no Universo seja estruturado por algum agente, dito externo a ele, correspondente e pertencente a outro domínio distinto do energético que forma o Universo material.

Atualmente, a sinergética, com os sistemas auto-organizados de H. Haken e Ilya Prigogine, comprova como a inter-relação e a interdependência geram sintropia (organização, ao contrário de entropia). Prigogine descreveu matematicamente como a Segunda Lei da Termodinâmica pode deixar de atuar em algumas situações. Segundo ele, flutuações ao acaso podem dar origem a formas mais complexas. Grandes perturbações em um sistema dão início a mudanças importantes, tornando o sistema altamente frágil. Surge então uma súbita reorganização para uma forma mais complexa. As perturbações num sistema são a chave para o crescimento. As configurações da natureza interagem com o ambiente local, "consumindo energia dele proveniente e fazendo retornar a ele os subprodutos dessa utilização de energia". Mas a "suscetibilidade à dissolução e à morte" andam junto com esse potencial de crescimento e de aumento da complexidade. A esse sistema Prigogine deu o nome de "teoria das estruturas dissipativas" e ganhou um Nobel em 1977.

Dessa forma há um acaso ordenado na formação dos prótons e nêutrons e na junção de um elétron, um próton e um nêutron para formar o átomo primordial. A ordem e a complexidade maior de um sistema não podem surgir sem o caos. Mas esse acaso original, ordenado pela inter-relação entre o sistema e a natureza, necessita de uma explicação quanto à sua origem.

A conta bancária emocional

Todos nós sabemos o que é uma conta bancária financeira. Fazemos depósitos e acumulamos reservas que nos permitem realizar saques quando necessário. Uma Conta Bancária Emocional é uma metáfora que descreve a quantidade de confiança que se acumulou em um relacionamento. Cuida da sensação de segurança que se tem com outro humano.




Se eu fizer depósitos na Conta Bancária Emocional que tenho com você, através da cortesia, gentileza, honestidade e observação dos compromissos que assumi com você, estou fazendo uma reserva. Sua confiança em mim torna-se maior, e posso contar com esta confiança sempre que for preciso. Posso até cometer erros que o nível de confiança, a reserva emocional, os compensará. Meu modo de comunicar as mensagens pode não ser claro, mas você compreenderá seu sentido, de algum modo. Você não me considerará um "eterno ofendido". Quando a conta da confiança é alta, a comunicação é instantânea, fácil e eficaz.
Mas, se eu tiver o costume de demonstrar falta de cortesia, desrespeito, desatenção, desconsideração e arbitrariedade; se eu trair sua confiança, interromper suas conversas, ameaçá-la ou bancar o dono da sua vida, minha Conta Bancária Emocional vai ficar no vermelho. O nível
de confiança atinge um nível muito baixo. Neste caso, que flexibilidade me resta?
Nenhuma. Estou andando em terreno minado. Preciso ser muito cuidadoso com tudo que falo. Medir cada palavra. Viver tenso, fazendo média, evitando ser pego de surpresa. Muitas organizações estão cheias disso. Muitas famílias estão cheias disso. Muitos casamentos estão cheios disso.
Se uma reserva de confiança abundante não recebe depósitos contínuos, o casamento se deteriora. Em vez de uma comunicação rica e espontânea, e do entendimento, a situação cai na acomodação, onde as duas pessoas simplesmente tentam viver em estilos independentes, em um modo relativamente respeitoso e tolerante. O relacionamento pode se deteriorar mais ainda, chegando à hostilidade e à atitude defensiva. As reações de confronto ou afastamento provocam guerras verbais, portas batidas, recusa em conversar, distanciamento emocional e autocomiseração. Isso pode acabar numa guerra fria dentro de casa, que não explode apenas por causa das crianças, sexo, pressão social ou proteção da imagem. Ou pode acabar em guerra total declarada, nos tribunais, onde as batalhas legais dos egos feridos podem ser levadas adiante durante anos, enquanto as pessoas confessam interminavelmente os pecados do antigo cônjuge.
E tudo isso acontece dentro do relacionamento mais íntimo, alegre, satisfatório, potencialmente rico e produtivo possível entre duas pessoas deste mundo. O farol P/CP está aí. Podemos nos atirar contra ele ou usá-lo como uma luz guia.
Nossos relacionamentos mais constantes, como o casamento, exigem os depósitos mais freqüentes. Devido às expectativas permanentes, os antigos depósitos se evaporam. Se você se encontra de repente com um amigo do colegial, que não vê há anos podem recomeçar do ponto onde parou, porque os antigos depósitos estão lá, intactos. Mas sua conta com as pessoas que se relacionam com você em termos mais regulares exige um investimento mais constante. Por vezes há saques automáticos, em suas interações diárias, ou em função da maneira como o encaram, sem que você sequer perceba. Isso vale particularmente para adolescentes em sua casa.
Suponha que você tenha um filho adolescente, e seu diálogo normal com ele seja do tipo: "Arrume seu quarto. Abotoe a camisa. Abaixe o rádio. Corte o cabelo. Não se esqueça de pôr o lixo para fora!" A médio prazo, os saques superam os depósitos.
Agora suponha que seu filho esteja passando por um processo de tomada de decisões importantes, que afetarão o resto de sua vida. Mas o nível de confiança está tão baixo, e o processo de comunicação tão fechado, mecânico e insatisfatório, que ele simplesmente não consegue ouvir seus conselhos. Você possui o conhecimento e a sabedoria para ajudá-lo, mas como sua conta está no vermelho, ele vai acabar tomando as decisões a partir de uma perspectiva emocional limitada, o que pode resultar em conseqüências maléficas a longo prazo.
Você precisa conseguir um equilíbrio positivo para dialogar sobre estes assuntos delicados. O que faz?
O que aconteceria se você começasse a fazer depósitos na conta do relacionamento? Talvez surja a oportunidade de fazer uma pequena gentileza - levar para casa uma revista sobre skate, caso ele se interesse por isso, ou simplesmente aproximar-se dele quando estiver trabalhando em um projeto e oferecer ajuda. Talvez você possa convidá-lo para ir ao cinema, ou para tomar um sorvete. O depósito mais importante que você pode fazer talvez seja simplesmente escutar, sem julgar, dar um sermão ou desafiar sua autobiografia sempre que ele começa a falar. Escute apenas, e tente compreender. Deixe que perceba sua preocupação com ele, e note que o aceita como pessoa.
Pode ser que ele não reaja no começo. Talvez fique até ressabiado: "O que papai está pretendendo agora? Mamãe está testando alguma técnica nova?" Mas, à medida que estes depósitos genuínos continuarem a ser feitos, eles começam a aumentar seu saldo. Você sai do vermelho.
Lembre-se de que as soluções milagrosas são uma miragem. Construir e reparar um relacionamento leva tempo. Se você ficar impaciente com a aparente falta de resposta ou ingratidão, vai acabar fazendo saques significativos e acabar com o saldo positivo conquistado. "Depois de tudo o que fizemos por você, de todos os sacrifícios, como tem coragem de ser tão ingrato? Tentamos ser legais, e você age assim? Mal posso acreditar!”
Não é fácil ter paciência. Ser proativo exige caráter firme, foco em seu próprio Círculo de Influência, capacidade para estimular o amadurecimento, e não "arrancar as flores para verificar como as raízes cresceram".
Na verdade, não existem soluções rápidas. Construir e arrumar relações são investimentos a longo prazo.

sábado, 8 de outubro de 2011

Sábias palavras do Mário Quintana



...Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer ...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos
todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas
as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.